Quando piratear um game rende uma conversa inteligente

home   -    fale conosco   -   

twitter facebook orkut rss
faça sua busca aqui:

Quando piratear um game rende uma conversa inteligente




Quando piratear um game rende uma conversa inteligente


Convenhamos, a pirataria não é legal mas é algo extremamente comum. Veja os números alcançados pela Season Finale de Game of Thrones, mas é sempre bom lembrar que esse é um problema de serviço: se você oferecer uma alternativa satisfatória e justa de aquisição de produtos, os usuários se sentirão menos propensos a piratear. O Steam é a prova cabal de como combater os piratas de forma inteligente, mas sempre haverão aqueles que não querem gastar um centavo com nada, não importando quem saia prejudicado nessa.

É o que teria acontecido, não fosse a gafe de um jogador ter desencadeado uma conversa muito interessante sobre o desenvolvimento de games.


Enquanto estava jogando Skullgirls no PC, um usuário identificado como “Dan Hibiki” no Twitter se deparou com a mensagem presente na imagem abaixo, perguntando sobre “a raiz quadrada de um peixe”. Desconhecido para ele, essa mensagem é um glitch introduzido na versão de PC que só aparece nas cópias piratas. Entretanto, ele tuitou a mensagem com a foto para a conta oficial de Skullgirls, e a resposta veio num instante:


 

Essa não é a primeira vez que desenvolvedores introduzem glitches em seus games, que só são ativados quando ele é pirateado. Um dos mais recentes e curiosos foi o que a Greenheart Games fez com Game Dev Tycoon, fazendo os pirateiros provarem do próprio veneno. Shin Megami Tensei do Super Famicom possuía um bug anti-pirataria bizarro (alguns até o consideravam macabro) que repetia várias vezes a frase “sugu ni kese” (“desligue agora“) em vermelho berrante na tela, acompanhadas de um barulho irritante. Já os jogadores piratas de Earthbound sofriam com desde inimigos mais difíceis à perda de todos os saves na batalha final. Cruel e justo.

A Lab Zero Games só quis provocar o jogador pirata um pouco. Mas o que se seguiu foi uma conversa surpreendente.


O tal Dan Hibiki reconheceu que estava errado, e o RP da Lab Zero o lembrou de sempre procurar adquirir as cópias originais dos games. Claro, tem muita gente que pirateia games com a intenção de testá-lo antes de comprá-lo, mas a verdade é que essas pessoas são minoria. O mais interessante é que diferente de alguns desenvolvedores que só faltam chamar a SWAT para quem pirateia seus games, a Lab Zero o repreendeu de forma educada. A desenvolvedora é independente e conta com apenas um game de luta que tem chamado a atenção dos jogadores mais técnicos (até porque o jogador profissional de fighting games “Mike Z” Zaimont esteve envolvido em seu desenvolvimento). Portanto para ela, dar atenção a seus jogadores é essencial, não importando se legítimos ou piratas. No segundo caso, uma repreensão amigável pode incentivar os piratas a comprarem o game.

Só que a conversa não parou por aí, e descambou para uma discussão sobre desenvolvimento de games:



O pessoal da Lab Zero Games não só repreendeu levemente um jogador que apelou para a pirataria de modo a mantê-lo interessado e motivado a adquirir o game (tudo bem que ele já possuía o game no PS3 e deu seus motivos para baixar o game no PC, mas não justifica), como esclareceu algo que muita gente ainda não entende: quando uma desenvolvedora é pequena, cada implementação no game, seja um novo personagem ou um patch de correção não é barato. Que o diga Phil Fish e a pendenga com a correção de Fez para o Xbox 360, que nunca saiu.

A adição de novos personagens em Skullgirls demandou uma segunda rodada de crowdfunding que buscava arrecadar US$ 150 mil, algo impensável até pouco tempo atrás. Surpreendente, ao contrário de todos que pensaram que isso era um abuso, a campanha angariou mais de US$ 828 mil. Isso porque os fãs realmente gostam do game e a produtora mantém uma relação próxima com os clientes, e além do mais todo o processo de adição dos personagens foi destrinchado. Essa transparência e respeito pelos jogadores tornou a Lab Zero uma desenvolvedora com muitos fãs, merecidamente.

É uma pena que nem sempre os jogadores piratas não se toquem disso, mas é animador que ao menos alguns desenvolvedores procuram oferecer bons produtos e educar os clientes a sempre fazerem o certo, que é prestigiar os criadores dos games de que tanto gostam.

 

Fonte: Ronaldo Gogoni / MBG

 


Tags: quando piratear um game rende uma conversa inteligente  

post anterior - próximo post

Sobre o autor

Yamatai

Espalhe o amor, compartilhe nosso artigo

Comentários

Deixe o seu!










carregando


sobre o site

Sob a temática SNK, somos referência em emulação. Lançamos os emuladores Final Burn Evolution e NeoRAGEx 4.x, 5.0, 5.2 e 5.2a, além de dumps de ROMs e ferramentas de emulação. Tudo sobre emulação de NeoGeo, Naomi, Atomiswave, Playstation 2, Taito Type X, Taito Type X² e outros sistemas. Temos ROMs e ISOs para download, além de vasto conteúdo sobre SNK. Aproveite seu PC para jogar antigos clássicos de video game.

termos de uso

SNK, SNK Playmore e Neo-Geo são marcas registradas da SNK Playmore Corporation. Todos os direitos reservados. SNK-NeoFighters não tem nenhuma relação legal com SNK Playmore ou demais empresas que possam vir a ser citadas em alguma parte do site. Este é um website feito e administrado por fãs. O conteúdo é livre e está disponível na Internet para quem quiser pesquisar. Não nos responsabilizamos por conteúdos postados pelos usuários em nossos canais abertos, tais como: comentários, fórum, notícias, etc.

Copyright © 2024 Emulando games dos clássicos aos atuais. All rights reserved.
Powered by Emulando games dos clássicos aos atuais. Política